12.6.08

| pontaria e um arpão afiado |

As lágrimas e os tubarões assinalados...
Ritual de iniciação não com a cabeça mas com as vísceras.
É assim que se conhece.

Resisti durante muito tempo

Ideias fixas que esqueci,
Cancros que me fumaram
E fui induzida a pensar que o meu tempo seria curto.

Condenei por isso a minha memória ao silêncio.
Condenei-a para sempre.

Mas o sempre nunca chegou...

Aconteceu sem que me tivesse encontrado.
Convicções? Nenhuma.

Aconteceu sem que nunca me tivesse visto.
Palavras? Para quê?

As palavras fazem o amor” e esse é um lugar estranho.

Sou o meu segredo de todos os dias.
A minha boca... Um túmulo de laje partida.

Foi numa noite que já não recordo.
Lágrimas que sequei à manga da camisa,
Tubarões que assinalei para abate.

Falta-me a pontaria e um arpão afiado.

Foi numa noite de vândalos que ela se partiu.
Noite de folga do guardião do prado talvez.
Moral da história? Já não há moral.

11.6.08

««quero ouvir cantar canções de embalar os mortos»»

catch of the day 05.06.08

O começo é.me sempre difícil
A não ser claro, que Baco me visite.

Desta vez tenho esperança que o vermelho me ajude..

Fico especada em frente à folha
A olhar
A olhar sempre
A ouvir
a ouvir sempre até alguém perguntar
é sempre a mesma coisa?

Sim, é
Mas não é a coisa que queremos
Não é a mesma coisa que queremos
Pelo menos eu

Não quero, tesouro.. Não quero mais.. Não queremos mais..

o intermédio é.me sempre difícil

andas com a mania da perseguição, não?
Talvez.. Mas os olhos não mo mostram.
Aqui só entre nós, parece.me um apelo patético à aprovação dos outros.
Não existem outros em mim..
A lua não chegará nunca para tantos olhos sonâmbulos

Músicas de outros tempos..

O fim é.me sempre difícil
A não ser claro, que me venhas ver..

12.4.08

ontem fizeram.me uma cama à espanhola...
preferia que me tivessem feito a folha.

««dormir revelou.se impossível»»

estava sozinha e a branca aprendeu a miar...

11.4.08

estou tão fartinha disto...

««tenho os sapatos rotos, por isso não posso fugir»»

29.3.08

:)
são poucas as vezes que nos sentimos assim...
com coração.

««esta manhã ouvi o meu a marchar na almofada»»

17.10.07

Abrem.se os meus olhos

À minha frente, nada mais do que mares em que as promessas se afundaram

[Esqueletos de promessas no fundo de águas calmas]

Se se olhar bem, se se olhar à lupa, consegue.se ver a mancha

Proponho que se lhes faça um tributo.. um tributo aos seus restos sentidos e tristes

[sinto.me bem aqui]

[interior demolido]

[[bem.estar exclusivo]